O mundo está
mudando a cada dia. Estamos prestes a vivenciar uma nova revolução em nossa
estrutura social, dessa vez pela Inteligência Artificial Cognitiva.
Estamos
passando por mudanças profundas em nosso comportamento social. As pessoas cada
vez mais se identificam em tribos, nichos, e se aglomeram atrás de vozes que
supostamente as representam.
Uma grande gama de jovens acadêmicos hoje atravessa uma graduação inteira sem abrir um livro sequer. Vivemos em um tempo de verdades absolutas, de imposições. A criação, a discussão como algo positivo, está sendo substituída por bandeiras.
É chocante ver estudantes de administração defendendo a queda do capitalismo. É estranho perceber outros esperando o tempo passar, sem fazer o menor esforço em busca do futuro. É como se o futuro brilhante apenas aguardasse uma grande parcela de jovens daqui a alguns anos, como se um diploma fosse o suficiente para uma carreira de sucesso.
Como está
difícil contratar jovens que unam talento à força de vontade. Às vezes somos obrigados a escolher entre o
talentoso e o esforçado. E, sinceramente, tenho tendido a contratar esforçados.
O esforçado tem suas limitações, mas está disposto a aprender. O talentoso
muitas vezes se limita dentro de seu espectro de conhecimentos e se torna quase
uma ferramenta. É um software inteligente, mas muitas vezes displicente com
suas obrigações.
Jovens
talentos e esforçados são raros. Conheci nesses anos envolvido com o meio
acadêmico dois. Sim, em 6 anos envolvido em palestras e cursos, conheci apenas
2. E tentei contratá-los.
Obviamente
que estes jovens já estavam posicionados, sendo um deles já um empreendedor e
tendo seus próprios colaboradores.
Diante desse
cenário, fui me dedicando a conhecer mais ferramentas para meu trabalho.
Estudo, leio e aprendo algo novo praticamente todos os dias. Hoje sou um
profissional multidisciplinar e desempenho muitas vezes trabalhos que outros
precisam de equipes inteiras para desenvolver. Obviamente que trabalho com uma
equipe de apoio ou mesmo delego projetos completos, supervisionando os mesmos.
Mas isso é uma questão de gestão de tempo.
Agradeço à
tecnologia por me permitir diversas variáveis técnicas dentro de nossos
projetos.
Quando você
acrescenta diversas habilidades ao seu dia-a-dia, você consegue alocá-las de
maneira estratégica. Você desenvolve ideias e já as implementa, ou orienta sua
implementação de maneira qualificada. O tempo onde as empresas se dividiam por
setores e cada um cuidava do seu quadrado acabou. Tempo que pensar de forma
unificada.
E para tanto
os profissionais devem ser multidisciplinares.
Você se
tornar um camaleão permite algo ainda mais raro que um talento unido ao
esforço: você se torna estratégico.
Dito isso,
vamos espiar um pouco do futuro:
- Impressoras
3D substituindo linhas inteiras de produção. Em alguns anos você terá uma
dessas em casa amigo, e em vez de comprar um produto pronto na loja irá comprar
um projeto online e imprimir seu objeto de desejo em casa.
-
Computadores que aprendem. Sim, a Inteligência Artificial Cognitiva se resume,
de maneira simplificada, em softwares com capacidade de aprendizagem e tomada
de decisões.
Só esses
dois fatores já irão mudar o mundo que conhecemos. Vivenciaremos uma verdadeira
revolução de conhecimento e estruturas sociais. Obviamente, as empresas terão
que se adaptar (as que ainda não começaram o processo de renovação, vide o
exemplo brasileiro que em regra só inicia mudanças quando enfrente problemas
econômicos).
Se você nem
tinha pensado a respeito desse futuro, próximo, diga-se de passagem, está na
hora de pensar e planejar. Se é empresário, repense sua estrutura e se prepare.
Se é um estudante ou um profissional, reflita até que ponto você é estratégico
e quais as lacunas em seus conhecimentos e habilidades deve suprir desde já.
Porque se
você é um trabalhador operacional, dificilmente manterá seu emprego no futuro.
Lembro bem
de uma estagiária que trabalhou comigo por um curto período. Ela estava se
formando em administração e repassei informações e dados sobre a empresa, sobre
o mercado e sobre os clientes. E a desafiei a elaborar uma estratégia para captação
de novos clientes.
Costumo
desafiar os meus colaboradores, a treiná-los a serem independentes. Acredito
que pessoas que enxergam a empresa como um todo são capazes de gerir suas
tarefas e propor melhorias sem a necessidade de supervisão.
Passado o
prazo de uma semana ela veio conversar comigo. Estava pedindo demissão.
A
justificativa: eu estava exigindo que ela pensasse estrategicamente e ela
estava contente com uma oferta de trabalho para trabalhar na área de recursos
humanos de uma empresa ... preenchendo uma planilha de folha de pagamentos.
Ela não
queria ou não se sentia apta a refletir, criar e desenhar o futuro. Ela se via
como uma ferramenta. Um martelo, desde que apontassem o prego e onde colocá-lo.
O futuro
desses “martelos” é se tornarem pregos. Obsoletos, os operacionais serão
relegados à cargos de segunda linha, com salários compatíveis. Só sobreviverão
no meio empresarial se forem mais acessíveis financeiramente que uma máquina
pensante.
Mas
máquinas, mesmo capazes de aprender, não serão capazes de sentir emoções,
desejos, angústias. Não conseguirão desenvolver estratégias interativas com
pessoas.
Você lembra
que no início do texto falei sobre o comportamento “tribal” que assola os mais
jovens? Como uma máquina irá interagir e se comunicar com os valores, com os
sonhos das pessoas?
Para lidar
com pessoas precisamos de pessoas:
Talentosas.
Esforçadas.
E
estratégicas.
Pense nisso.
Vai fazer a diferença para sua empresa. Ou para seu futuro profissional.
Alex Kunrath, Consultor Sênior
A IDAti é empresa de Consultoria e Treinamento especializada em Reestruturação Comercial (Marketing e Vendas integrados) de Porto Alegre, RS, com atuação nacional.
Conheça nossos cursos online e tenha acesso à materiais exclusivos para download: