Pular para o conteúdo principal

Como utilizar KPI’s na Gestão Comercial?

A criação de indicadores é a chave para aumentar drasticamente a velocidade das ações organizacionais. No mercado precisamos ser proativos e capazes de tomar decisões em poucas horas.


Tradicionalmente as empresas formulam seu planejamento de maneira bimestral, semestral e anual. Os ajustes nesse planejamento ocorrem de maneira reativa às situações de mercado, sejam econômicas, sociais ou mesmo ações da concorrência.

E muitas vezes pode ser tarde demais.

Por isso os gestores precisam de indicadores, para lhe fornecer respostas imediatas sobre o que está acontecendo no ambiente interno e externo à organização.

Na área comercial não poderia ser diferente. Uma gestão baseada em indicadores é garantia de alta performance na área de vendas.


Quando se utilizam os indicadores corretos.

No vídeo abaixo, em 90 segundos apresento os Indicadores Chave de Performance (KPI’s) para Gestão Comercial: Positivação, Ticket Médio, Mix de Produtos Vendidos, Descontos e Prazos e Novos Clientes.


Alguns gestores podem se espantar com a ausência de Volume de Vendas, Faturamento, Inadimplência, Lucratividade, entre outros, como KPI’s da Gestão Comercial.

Agora começa a elaboração do quebra-cabeças que reside na gestão comercial.

Um bom vendedor não é aquele que bate metas de vendas. É aquele que alcança os objetivos estratégicos dispostos pela organização.

Muitos vendedores batem metas financeiras por estas estarem mal estruturadas, ou por eles ou pelos gestores de área.

Um bom vendedor conhece bem sua região e o potencial de seus clientes. Sabe estimar com suficiente precisão os volumes de vendas de produtos e resultados financeiros do exercício.

Um mau vendedor persegue as metas impostas pelo seu Gestor em uma corrida contra o tempo durante todo o exercício. E para alcança-las ele irá buscar se utilizar de todos os artifícios possíveis: descontos, vender para clientes com problemas de crédito, aplicar prazos generosos para clientes de forma a desestruturar o fluxo de caixa da organização, focar seus esforços em produtos mais vendáveis para fazer render mais seu tempo, entre outras estratégias corriqueiras.

A diferença entre um bom e um mau vendedor está na sua gestão de carteira.

Muitas vezes vemos no mercado empresas que, por não possuírem verbas ou pessoas capacitadas em Marketing para sensibilizar seus clientes, fracassam em seus lançamentos. Produtos lançados simplesmente não vendem.

É porque o lançamento é ruim ou faltam esforços de vendas?

Assim como um vendedor pode fazer uma grande venda no exercício e com isso garantir o alcance de sua meta financeira. Uma venda por vezes garante o prêmio do ano. Isso é um grande vendedor? Alguém que não estimou esse evento em seu planejamento do exercício?

Ainda muitos desses vendedores são premiados como destaques, quando em diversos casos temos vendedores com performances gerais muito superiores.

Em resumo, vamos liquidar essa questão analisando os 5 KPI’s que propus:
  • Positivação: nesse aspecto analisamos se o vendedor está visitando ativamente sua carteira de clientes. Uma positivação baixa normalmente significa foco em poucos clientes.
  • Ticket Médio: aqui é muito importante uma consideração – os clientes devem ser divididos conforme seu potencial de compras. Não é possível colocar na mesma métrica grandes e pequenos clientes. No mínimo o ticket deve ser analisado separadamente dentre Grandes e Pequenos clientes. Então, qual a venda média nos clientes por porte?
  • Mix de Produtos Vendidos: se você possui 100 produtos em seu portfólio deseja que um vendedor trabalhe com todos. O mix revela se o vendedor está acomodado ou não em produtos tradicionais. Cruze essa informação com a analise a região e o potencial de vendas de todos os produtos. Vendedores de excelência possuem um mix de vendas muito superior ao dos vendedores medíocres.
  • Descontos e Prazos: vendedores que apenas vendem com descontos ou prazos abusivos estão mal treinados em negociação. Vender não é implorar e sim demonstrar o valor da solução apresentada. Descontos e prazos apenas são opções para I) entrada em novos clientes e II) auxiliar um cliente antigo em um momento de dificuldades. Se for praxe, o vendedor está prejudicando a organização.
  • Novos Clientes: a busca por novos clientes é uma opção estratégica da empresa. Se o aumento do Market Share é importante, a prospecção de novos clientes é vital. Porém, maus vendedores não estão interessados em novos clientes e sim em manter suas poucas grandes negociações saudáveis.

Perceba: com um bom planejamento comercial o foco deve ser em questões comportamentais, não financeiras.

Porém poucos gestores se arriscam nesse modelo de utilização de KPI’s. Afinal, trabalhar dessa maneira exige capacidade analítica e expõe as lacunas em sua formação.

Gestores Comerciais não são mais simples controladores de resultados, são estrategistas!


Alex Kunrath, Consultor Sênior da IDAti
www.idati.com.br





Quer formar estrategistas em sua organização? Conheça o curso online Estratégias Comerciais Avançadas desenvolvido pelo Consultor.


A IDAti é empresa de Consultoria e Treinamento especializada em Reestruturação Comercial (Marketing e Vendas integrados) de Porto Alegre, RS, com atuação nacional.

www.idati.com.br/consultoria

Conheça nossos cursos online e tenha acesso à materiais exclusivos para download:


O site Aulas de Negócios é um compêndio de materiais de consultoria e treinamento desenvolvido pela IDAti e seu conteúdo é protegido pela Lei nº 9.610, de 1998. Todos os materiais são para seu desenvolvimento pessoal e profissional, sendo que a replicação desses conteúdos em sites, aulas, palestras e consultorias, sem a prévia autorização, será considerada crime de violação de direitos autorais.

Postagens mais visitadas deste blog

O que está por trás da censura no Facebook e no Youtube?

Você já deve ter visto diversas pessoas falarem sobre o tema. Estão perdendo relevância, seus conteúdos não chegam para inscritos ou contatos nas redes sociais. E isso é verdade. Nesse artigo você vai entender como funciona essa sistemática. A eleição de Donald Trump como Presidente dos Estados Unidos iniciou uma mudança nos algoritmos dessas redes, assim como um controle de palavras-chave e relevância. Pessoas que se tornaram engajadas em temáticas polêmicas sofrem com o chamado Shadowban. ·       O que é Shadowban? Em bom português, o shadowban é o banimento para as sombras, isso é, estão escondendo pessoas e canais em redes sociais. Os “escondidos” não são preferência em buscas espontâneas, tais como os “vídeos mais assistidos”, diminuindo a atração de novos seguidores, assim como a cada publicação aparecem para uma parcela cada vez mais restrita de seus seguidores ou inscritos. No caso de um perfil pessoal, uma parcela ínfima de ...

ESTUDO DE CASO: Mestres do Capitalismo

Estudo de caso autorizado pela equipe de criadores do Clube do Valor MESTRES DO CAPITALISMO Estudo de caso sobre o infoproduto, de sua concepção ao alcance do status de maior curso de Finanças Pessoais do Brasil Autor: Alex Kunrath, Consultor Sênior da IDAti alex@idati.com.br 1. INTRODUÇÃO O presente estudo de caso busca esclarecer as ações e estratégias que envolveram os lançamentos das duas edições do curso online Mestres do Capitalismo, que em 2018 foi o maior lançamento do Brasil, premiado pela Hotmart pelo número de vendas atingidas e que em 2019 teve sua segunda edição. Essa análise trata de uma visão única sobre o trabalho e capacidade empresarial envolvidos na parceria das marcas Nando Moura e Clube do Valor, analisando os pressupostos da criação e promoção deste que é o maior curso de educação financeira do Brasil. Quais os acertos que levaram a primeira edição ao sucesso absoluto? Quais as lacunas e fatores que influenciaram a estimativa d...

Estudo de Caso - A Empresa de Cursos SA

Ambiente Em 2009 as empresas ligadas à educação enfrentaram uma situação atípica. Devido à crise econômica mundial e à gripe A, instalou-se um receio quanto a investimentos por parte dos clientes. A crise influenciou o temor do desemprego, fazendo com que grande parte da população revisasse e priorizasse seus investimentos. Já a gripe A criou certa fobia de se frequentar ambientes fechados, tais como salas de aula, fazendo com que possíveis alunos resolvessem postergar seu ingresso em um curso. O ambiente influenciou muito as empresas de cursos livres, técnicos e especializações. A sazonalidade histórica de matrículas no segmento educacional demonstra que os picos de vendas ocorrem nos meses de março e agosto. Já os fatores externos influenciaram negativamente o desempenho das empresas do segmento em todo o período compreendido entre janeiro e agosto, trazendo um grande déficit financeiro. Apresentação da Cursos SA A Cursos SA é uma empresa com mais de 15 anos de atuaç...

COMO ELABORAR UM FUNIL DE VENDAS EXTERNAS?

Dentro da gestão comercial, o controle de funis de vendas é uma etapa fundamental de aferição dos resultados da equipe e previsão de resultados. No que tange vendas online, temos diversas ferramentas disponíveis. A visão de etapas é simples: - Atração de um público-alvo (leads) - Interagir via conteúdos e soluções direcionadas para esse público - Oferecer uma solução direcionada - Controle de entradas - Controle de desistências - Remarketing ou Interações diretas para tratamento de objeções - Efetivação da Venda ou Volta para a etapa de Interação E presencialmente em vendas externas? Se no ambiente online temos o controle dos passos dos usuários, nas vendas externas nos deparamos com o trabalho do vendedor. E esse pode ou não estar nos fornecendo subsídios para analisar o funil de vendas. Onde está a chave? No relatório de visitas. A ampla maioria dos gestores exige relatórios de visitas. Mas esses relatórios comumente não apresentam informaçõ...

O Brasil está estagnado. E agora?

Não é novidade para nenhum empresário brasileiro que a situação do mercado nacional está complicada. Os resultados das eleições presidenciais foram positivos, porém a falta de resultados tangíveis do governo atual trouxe recuos por parte da sociedade no que tange investimentos. A situação é bastante complexa. Mas posso afirmar que esperar pela aprovação de projetos e reformas é um erro. E esse erro está sendo o padrão nos negócios nacionais. Por que é um erro? Porque reflete falta de capacidade estratégica. Perceba, a competição segue, o mercado segue, mesmo que menos aquecido. A concorrência nesse momento é maior que em ambientes de bonança econômica. O que os gestores estão esperando? Que milagrosamente a economia volte a crescer para que todos tenham maiores fatias de mercado devido ao aumento da demanda? Isso é estratégia? Tenho ouvido dois tipos básicos de relatos, totalmente antagônicos, de empresários com visões antagônicas: I)    ...

O melhor restaurante de Londres no TripAdvisor ... que não existe.

Como a indução das pessoas pode alavancar negócios? Opiniões em redes sociais são fidedignas? O que devemos avaliar sobre o caso? The Shed at Dulwich é uma criação de um jovem londrino que resolveu desafiar a lógica do TripAdvisor. Estamos em um momento histórico de análise de Marketing, onde a simples propaganda de uma empresa e suas referências técnicas sobre produtos e serviços já é vista como potencialmente enganosa pelos consumidores. Hoje o papel dos influenciadores é formidável na tomada de decisões de nossos potenciais consumidores. Amigos, familiares, círculos sociais, redes sociais, fóruns de interação, vídeos de outros “consumidores” (muitas vezes de maneira patrocinada) acerca a experiência que os mesmos tiveram com produtos e serviços são parte fundamental de análise para o processo de compra. Nesse sentido o TripAdvisor cresceu e se consolidou como uma das fontes de informações mais relevantes do ambiente virtual. Moradores e viajantes avaliam estabel...