Muitas vezes cedemos ao impulso de sobrevalorizar pessoas nas quais confiamos. Escolhemos pessoas que nos são caras, que criaram um vínculo emocional conosco. E que se tornam leais com o passar do tempo, parceiras em momentos de necessidade.
Pessoas que devem sim ser valorizadas. Mas quando você valoriza essa pessoa, está pensando na organização ou nos seus valores pessoais?
Perceba,
pessoas possuem perfis ou afins ou díspares. E não é porque não temos uma boa
comunicação com uma pessoa de um perfil antagônico ao nosso que ela se torna
menos competente. Assim como pessoas que criam afinidade, elos emocionais
conosco, não necessariamente são mais competentes.
Gestão envolve decidir. E nem sempre estamos preparados para decidir corretamente.
Humanos são
seres extremamente sociais. E afinidades são caras para nós.
Então quando
surge uma boa oportunidade de promover alguém da sua equipe você simplesmente
pesa mais afinidades que competências.
Afinal, por que premiaria aquela pessoa insuportável em detrimento daquele seu braço direito, dedicado e sempre disposto a colocar o seu bem estar como prioritário em relação ao dele próprio?
Porque
quando tomamos decisões simplesmente emocionais, estamos tomando decisões
equivocadas.
O que é
melhor para a organização?Alguém efetivamente qualificado e capaz de assumir
um novo cargo ou alguém incompetente, mas extremamente prestativo e confiável?
Na maioria das organizações de pequeno porte, assim como algumas de médio porte, nós encontramos esse paternalismo / maternalismo nas decisões gerenciais.
O mundo é
competitivo. A realidade empresarial uma verdadeira guerra por clientes, por
mercado e por diferenciais para sua organização. E como diversos empresários e
gestores escolhem seus comandantes? Pela tal afinidade.
Isso ocorre
por 2 motivos:
- Questões emocionais já explicitadas
- Ausência de planos de carreira estruturados nas empresas
Se uma
empresa possui planos de carreira e perfis estruturados para cada uma das
funções na organização, a possibilidade de se promover incompetentes é
reduzida.
E, quando o
gestor percebe que errou, porque sempre vai errar promovendo incompetentes, ele
tende a não tomar a decisão de substituir a pessoa. Os vínculos emocionais, a
gratidão daquele indivíduo promovido, sua dedicação e tempo (mesmo que pessimamente
utilizado, afinal se o profissional é incompetente não é mais horas que
melhorarão seu desempenho) são moedas caras para um decisor emocional.
Como demitir um amigo? Uma parente? E o próprio filho?
Uma
tartaruga está em cima do poste. Ela não sabe escalar. Alguém a colocou naquela
posição. E, assim como não sabe escalar, não sabe descer de um poste. A queda
vai ser dolorida.
Infelizmente,
em uma guerra, seu exército terá baixas. E você, gestor, vai causar sofrimento
a algumas pessoas. Esse é o ônus da liderança, você precisa tomar decisões
difíceis.
Mesmo que o soldado promovido tenha tido um filho há pouco tempo. Mesmo que esteja com um financiamento de um carro novo que adquiriu graças à promoção.
Funcionários ruins geram caos. Moldam processos errôneos, fazem uma gestão de pessoas ruim. Não são capazes de tomar decisões, de fazer o que deve ser feito. Simplesmente porque não sabem fazer.
Quando você percebe, seu exército é formado basicamente por tartarugas sobre postes. Pessoas promovidas que não tinham perfil ou conhecimentos para aquelas funções. Você tomou decisões baseadas em afinidades, não em pré-requisitos técnicos.
Contratou e promoveu incompetentes.
Acredito termos uma conclusão nesse momento: se você se guiar por afinidades para promover ou contratar pessoas em sua gestão, o incompetente aqui é você.
Alex Kunrath, Consultor Sênior
A IDAti é empresa de Consultoria e Treinamento especializada em Reestruturação Comercial (Marketing e Vendas integrados) de Porto Alegre, RS, com atuação nacional.
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O site Aulas de Negócios é um compêndio de materiais de consultoria e treinamento desenvolvido pela IDAti e seu conteúdo é protegido pela Lei nº 9.610, de 1998. Todos os materiais são para seu desenvolvimento pessoal e profissional, sendo que a replicação desses conteúdos em sites, aulas, palestras e consultorias, sem a prévia autorização, será considerada crime de violação de direitos autorais.
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